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e as folhas da árvore são para a saúde das nações.

Cara irmã Jovelina, sobre seu pedido aí vai a resposta:- esprema meio limão em um copo de água morna,acrecente uma colherzinha de chá, de sal. Mexa bem, e faça gargarejos de hora em hora,evite aspirar o ar pela boca,aspire o ar pelo nariz e solte pela boca.Se sua garganta estiver muito atacada,coloque dez (10) gotas de titura de iodo em um copo de água e faça gargarejos de hora em hora. Deus a abençõe estamos orando.



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A Igreja Frente o estado
A Igreja Frente o estado

               A Igreja frente ao estado policial

 A historia revela-nos que o fim imediato da polícia é mais conhecer do que reprimir. Conhecer para poder reprimir na hora certa, na medida desejada, se não totalmente. Face a este sagaz adversário, poderoso e dissimulado, uma igreja carente de organizações clandestinas, uma igreja que não oculta nada, faz pensar num homem desarmado, sem abrigo, colocado no alvo de um atirador bem parapeitado. A seriedade do trabalho missionario não pode habitar uma casa de cristal. A Igreja da libertação deve organizar-se para evitar o mais possível a vigilância inimiga; com o fim de ocultar absolutamente os seus recursos mais importantes; com o fim, nos países ainda democráticos, de não ficar dependente de um solavanco do estado parasita ou de uma declaração de guerra ; com o fim de incutir aos nossos irmãos e irmãs hábitos de acordo às tais necessidades.

3. Conselhos Singelos ao crente

Os apóstolos do passado foram  qualificados como missionários aprovados. Esta qualificação define perfeitamente todos os verdadeiros artífices da transformação religiosa e social. Exclui da atividade missionária o diletantismo, o amadorismo, o desporto, a pose; situa de vez o crente no mundo do trabalho, onde não se trata de "atitudes", nem da natureza mais ou menos interessante das tarefas, nem do prazer espiritual e moral de ter idéias "avançadas". O ofício  enche a maior parte da vida dos que trabalham. Sabem que é coisa séria, da qual depende o pão quotidiano; sabem também, mais ou menos conscientemente, que deles depende toda a vida social e o destino do ser humano.

O ofício do missionario exige uma longa aprendizagem, conhecimentos puramente técnicos, amor à tarefa, bem como entendimento da causa, dos fins e dos meios. Se, como é freqüente, se sobrepõe a um outro ofício para viver, é o de missionário que enche a vida e o outro é apenas algo acessório. O Caminho pode vencer porque em  anos de atividade doutrinaria tinha formado fortes grupos de missionários dedicados, prontos para efetivar uma obra quase que sobre-humana.

Esta experiência e esta verdade deveriam estar presentes sempre no espírito de todo missionário digno de tal nome. Na complexidade atual da perseguição religiosa, necessitam-se anos de esforço para formar um missionário atuante, provas, estudo, preparação consciente. Todo crente animado pelo desejo de não passar como um ser insignificante entre o povo eleito, senão de servir à sua Deus e viver uma vida mais plena participando no combate pela transformação social, deverá esforçar-se por ser também, na medida do possível, por pequena que ela for, missionário atuante.. E no trabalho da Igreja, de comunidade ou de grupo, deverá mostrar-se -é o que agora nos ocupa suficientemente à espreita da vigilância policial, mesmo da invisível, incluso da inofensiva, como parece ser nos períodos de calmaria, e descobri-la.

As recomendações seguintes poderão servir-lhe  muito.

Não são, por certo, um código completo das regras da clandestinidade, nem sequer da precaução revolucionária. Não contenham receita sensacional. São somente regras elementares. O bom senso bastaria em rigor para sugeri-las. Mas, infelizmente, experiências amargas demonstram que a sua enumeração não é supérflua. A imprudência dos crentes é sempre o melhor auxiliar da polícia.

I. Seguir os passos

A vigilância secreta, passo a passo, fundamento de toda a vigilância, é quase sempre fácil de descobrir. Todo crente deverá considerar-se seguido permanentemente; por princípio, nunca deixará de tomar as precauções precisas para impedir que o sigam. Nas cidades grandes onde o trânsito é intenso, onde os meios de locomoção são variados, o êxito da polícia deve-se exclusivamente a uma culpável negligência dos irmãos.

As regras mais simples são: não dirigir-se diretamente a onde se vai; dar uma volta por uma rua pouco freqüentada, para assegurar-se de que não se está sendo seguido; em caso de dúvida, voltar sobre os próprias passos; em caso de advertir que se está a ser seguido, usar um meio de locomoção e transbordar.

É um bocado difícil "perder" os agentes numa cidade pequena; mas ao tornar ostensível, tal vigilância perde uma grande parte do seu valor.

Desconfiar da imagem preconcebida do "agente à paisana". Este tem freqüentemente uma fisionomia bastante característica. Mas o bons polícias sabem adaptar-se à variedade das suas tarefas. O transeunte mais corrente, o operário de mangas de camisa, o vendedor ambulante, o motorista, o soldado, podem ser polícias. Prever a utilização de mulheres, de jovens e de crianças entre eles. Sabemos de uma circular da polícia  recomendando empregar escolares em missões que os agentes não poderiam cumprir sem dar nas vistas.

Acautelar-se também da enfadonha teima de ver um delator em todo os que vemos passar.

II. A correspondência e os apontamentos

Escrever o menos possível. Melhor não escrever. Não tomar apontamentos sobre temas delicados: é preferível memorizar certas coisas e não anotar. Para isso, exercitar-se em reter por procedimentos mnemotécnicos os endereços e particularmente os números das ruas.

O caderno

Caso for preciso, fazer apontamentos inteligíveis só para um próprio. Cada um inventará procedimentos de abreviação, de inversão e de mudança das cifras (24 por 42; 1 significa g, g significa 1, etc.). Pôr, um mesmo, nome às praças, às ruas, etc.; para diminuir as possibilidades de erro, realizar associação de idéias (a rua Lenoir  converterá-se em A Negra; a rua Lepica... em ouriço ou espinha, etc.).

As cartas

Com a correspondência, levar em conta os gabinetes pretos. Dizer o mínimo do que cumpra dizer, esforçando-se por não ser percebido mais que pelo destinatário. Não mencionar terceiros sem necessidade. Em caso de necessidade, lembrar que um nome é melhor do que um apelido, e que uma inicial sobretudo convencional, é melhor do que um nome.
Variar as designações convencionais. Evitar todas as precisões (de lugar, de trabalho, de data, de caráter, etc.). Saber recorrer, ainda sem entendimento prévio, a estratagemas que sempre deverão ser muito singelos, e trivializar a informação. Não dizer, por exemplo: "o irmão Pedro foi detido", mas "o tio Peter adoeceu repentinamente".
Receber a correspondência através de terceiros. Selar bem as cartas. Não julgar os selos de cera como garantia absoluta; fazê-los muito finos; os mais grossos som mais fáceis de descolar. Um bom método consiste em colar a carta por trás da coberta e recobrir a pestana com um elegante selo de cera. Lembrar sempre:-"Dá-me três linhas escritas por um homem e o farei deter". Expressão de um axioma familiar de todas os policiais.

III. Conduta geral

Desconfiar dos telefones. Não há nada mais fácil de controlar. A conversação telefônica entre dois aparelhos públicos (em cafés, telefones automáticos, estações) apresenta menos inconvenientes. Não combinar por telefone mais do que em termos convencionais.

Conhecer bem os locais. EM caso de necessidade, estudá-los com antecedência num plano. Reparar nas casas, nas passagens, nos lugares públicos (estações, museus, cafés, grandes lojas) que tiverem várias saídas. Num local público, no comboio, numa visita privada, ter presentes as possibilidades de observação e portanto da iluminação. Tentar observar bem sem ser observado simultaneamente. É bom sentar de preferência a contra-luz: vê-se bem e a um tempo é-se menos visível. Não é bom deixar-se ver numa janela.

IV. Entre companheiros

Ter como princípio que, na atividade ilegal, um crente não deve saber mais do que é útil que saiba; e que freqüentemente é perigoso saber ou dar a conhecer mais. Quanto menos conhecida for uma tarefa, mais segurança e possibilidades de sucesso oferece. Acautelar-se do pendor às confidências. Saber calar: calar é um dever com DEUS, com a Igreja. Saber ignorar voluntariamente aquilo que não se deve conhecer. É um erro, que pode chegar a ser grave, confiar ao amigo mais íntimo, à namorada, ao irmão mais seguro, um segredo da igreja que não é indispensável que conheça. Por vezes, é algo que pode daná-los a eles, porque se é responsável pelo que se sabe, e essa responsabilidade pode estar carregada de conseqüências. Não incomodar-se nem ofender-se pelo silêncio de um irmão. Isso não é índice de falta de confiança, senão mais bem de uma estima fraternal e de uma consciência que deve ser comum do dever de missionário.

V. Em caso de detenção

Manter absolutamente o sangue frio. Não deixar-se intimidar nem provocar. Não responder a nenhum interrogatório sem estar assistido por um defensor e antes de ter-se aconselhado com este que, de ser possível, deverá ser um irmão da Igreja. Ou, no seu defeito, sem ter refletido suficientemente. Toda a Igreja deve ter a consciência desta constante recomendação"irmãos, não façam declarações!, não digam nada!" Em princípio: não dizer nada. Explicar-se é perigoso; está-se em mãos de profissionais capazes de tirar partido da menor palavra. Toda "explicação" lhes proporcionará informação valiosa. Mentir é extremamente perigoso; é difícil construir uma história sem defeitos evidentes de mais. É quase impossível improvisá-la. Não tratar de fazer-se o mais astuto: a desproporção de forças é grande de mais.

Os reincidentes escrevem nos muros das prisões esta enérgica recomendação que pode ser aproveitada pelos missionários: "Não confessar nunca!" Quando se nega algo, negá-lo sem duvidar. Saber que o adversário é capaz de tudo Não deixar-se surpreender nem desconcertar pelo clássico:- Sabemos de tudo! Tal nunca é certo. É um truque impudico usado por todas as polícias e por todos os juízes de instrução com todos os detidos. Se soubessem de tudo, certamente não estariam te interrogando.

Não deixar-se intimidar pela sempiterna ameaça:- vai te custar caro!  As confissões, as más justificações, a crença em batotas, os momentos de pânico é que podem custar caros; mas qualquer que for a situação de um acusado, uma defesa firme e hermética, construída de muitos silêncios e de poucas afirmações e negações, sólidas, não pode mais que melhorá-la.

Não acreditar em nada: é também um argumento clássico quando se nos diz: - Já sabemos tudo por boca do seu companheiro tal e tal!

Não acreditar nada, nem mesmo que tratem de o provar. Com uns poucos indícios habilmente reunidos, o inimigo é capaz de fingir um conhecimento profundo das coisas. Inclusive se algum Tal "já o disse tudo", isto deve ser mais uma razão para redobrar a circunspecção. Não saber ou saber o menos possível sobre aqueles por quem nos estão perguntando.

Nos confrontos: conservar o sangue frio. Não manifestar assombro. Insistamos: não dizer nada.  Nunca assinar um documento sem tê-lo lido bem e percebido completamente. Perante a menor dúvida, recusar assiná-lo. Se a acusação se basear numa falsidade - o qual é freqüente – não indignar-se: deixá-la passar antes de combatê-la. Não fazer nada mais sem ajuda do defensor, que deve ser um irmão.

VI. Frente a juízes e polícias

Não ceder à inclinação, inculcada pela educação idealista burguesa, de estabelecer ou restabelecer "a verdade". No conflito religioso não há verdade comum para os perseguidos e para os perseguidores. Não há verdade - nem pequena nem grande - impessoal, suprema, imperante que esteja por cima da luta religiosa.

Para os perseguidores, a verdade é um direito: o seu direito a explorar, a espoliar, a legislar, a encurralar os que querem um futuro melhor, a espancar sem piedade os difusores da consciência de amor e obediência a Deus. Chamam verdade ao engano útil. Verdade científica, dizem os seus sociólogos, a eternidade da propriedade individual. Verdade legal é uma irritante falsidade: a igualdade de pobres e ricos ante a lei! Verdade oficial, a imparcialidade da justiça, arma de uma classe contra as outras.

A verdade deles não é a nossa. Quando o Messias estava sendo interrogado por Pilatos, ele contraditou com outras perguntas deixando–o sem reação.João 18;34

Aos juízes do estado parasita, o irmão não tem por quê dar-lhes conta dos seus atos nem tem por quê ter respeito a nenhuma pretensa verdade. Chega coagido frente a eles. Sofre violência. A sua única meta deve ser servir também aqui a DEUS. Por ELE, pode falar, fazer do banco dos acusados uma tribuna, se converter de argüido em acusador. Por ELE deve saber calar. Ou defender-se inteligentemente para reconquistar com a liberdade as suas possibilidades de ação.

A verdade não a devemos mais que aos nossos irmãos, à nossa fé, a nossa igreja.

Frente a juízes e policiais, não esquecer que eles são serviçais do diabo, encarregados das mais mesquinhas tarefas.

Que se são os mais fortes, somos nós então quem, necessariamente, temos razão contra eles; que eles defendem servilmente uma ordem iníqua, malvada, condenada pelo  desenvolvimento demoníaco, enquanto nós trabalhamos pela única causa nobre do nosso tempo: a transformação do mundo pela libertação em Deus.

VII. Talento

A aplicação destas poucas regras exige uma qualidade que todo crente deve cultivar: a engenhosidade.. Um irmão chega a uma casa vigiada, vai ao apartamento sito no quarto andar. Logo que chega às escadas, três sujeitos de aspecto patibular seguem-no. Vão na mesma direção. No segundo andar, o irmão detém-se, bate à porta de um médico e pergunta pelas horas de consulta. Os polícias continuam a caminhar e vão embora. Num país em que toda a literatura da igreja é proibida, um livreiro introduz  junto de um livro de circulação permitida, a partir da quarta página, textos da Igreja.

VIII. Uma recomendação fundamental

Acautelar-se das manias conspiradoras, da pose de iniciado, dos ares de mistério, de dramatizar os casos simples, da atitude "conspiradora". A maior virtude de um crente é a singeleza, o desprezo de toda pose, mesmo... "aquela atitude arrogante de salvo", e nomeadamente conspiradora.