Paulo em sua carta aos Romanos diz que o homem só passou a ter ciência do que é ou não pecado quando Deus deu a Lei a Moisés. Por incrível que pareça, ele diz que os homens não tinham condição de saber o que é cobiça antes dos 10 mandamentos:
Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. Romanos 7:7-9
Isso é realmente impressionante. Pense bem caro leitor no exemplo de José:
E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de porte, e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos, para deitar-se com ela, e estar com ela, Sucedeu num certo dia que ele veio à casa para fazer seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali; E ela lhe pegou pela sua roupa, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua roupa na mão dela, e fugiu, e saiu para fora. - Gênesis 39:6-12
Ora, a questão aqui, no momento do fato, envolvia o adultério. Mas é lógico que José, antes e depois das investidas da mulher de Potifar não cobiçou a mulher do próximo. Se tivesse José cobiçado a mulher do próximo, então não teria forças para resistir no momento em que ela se lançou sobre ele. É como diz Tiago:
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Tiago 1:14-15
Não há dúvidas, pois, que José sabia que cobiçar a mulher do próximo era pecado, muito antes mesmo de Deus trazer os mandamentos. Portanto, Paulo mente, tentando induzir a erro os ouvintes. Com que finalidade? Com a artimanha que ele lança logo a seguir:
Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. Romanos 7:7-9
O objetivo é passar a confusa idéia de que a Lei era algo ruim, pois a Lei de Deus (pasme-se), segundo Paulo, trazia morte em vez de vida! Ora, mas a verdade é que todo bom presente desse do céu, do Pai, assim como disse o irmão de Jesus:
Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Tiago 1:17
Como pode o mandamento perfeito de Deus, citado repetidamente por Jesus, ser algo ruim?
Eis que quem têm ouvidos deve prestar atenção ao aviso do profeta:
Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! Isaías 5:20
Paulo, agente do Diabo, vai aqui e acolá dizer que a lei é boa, e daqui a pouco novamente dizer que ela é má, criando confusão sobre o que é certo e errado e dizendo que algo de bom é ruim e assim invalidar o mandamento de Deus. Fazendo desse modo ele poluiu a mensagem original, baseada somente nos ensinamentos de Jesus e criou as grandes organizações religiosas constituídas que vemos hoje. Isso sem citar ou mencionar qualquer ensinamento de Jesus em suas cartas.